domingo, 6 de outubro de 2013

Pesquisadores do CERN poderão descobrir se a antimatéria obedece à lei da gravidade ou “cai para cima”

Ci­en­tistas do CERN (Or­ga­ni­zação Eu­ro­péia de Pes­quisa Nu­clear, onde fica o LHC, Grande Co­lisor de Há­drons) anun­ci­aram que con­se­guiram apri­si­onar 309 átomos de anti-hi­dro­gênio por pouco mais de 16 mi­nutos. O anti-hi­dro­gênio é um an­tiá­tomo com pro­pri­e­dades se­me­lhantes as de um átomo comum, mas com po­la­ri­dade in­versa. Agora os pes­qui­sa­dores po­derão tentar des­co­brir se a an­ti­ma­téria obe­dece à lei da gra­vi­dade ou não. Em caso ne­ga­tivo, a an­ti­ma­téria pode ser re­pe­lida pela ma­téria e “cair” para cima, fenô­meno cha­mado de an­ti­gra­vi­dade.

O ob­je­tivo agora é apri­si­onar mais an­tiá­tomos e ob­servar como eles se com­portam. Caso eles re­al­mente sejam re­pe­lidos pelos átomos co­muns – e con­tra­riem a lei da gra­vi­dade – os ci­en­tistas po­derão en­tender me­lhor o uni­verso. Ele é su­pos­ta­mente é for­mado da mesma quan­ti­dade de ma­téria e an­ti­ma­téria, o pro­blema é que nunca con­se­guimos en­con­trar as úl­timas. Se elas se re­pe­lirem, po­de­remos supor que existam ou­tras ga­lá­xias in­teiras dis­tantes de nós for­madas por an­ti­ma­téria. E mais, isso aju­daria a ex­plicar porque o uni­verso está se ex­pan­dindo em ve­lo­ci­dade cada vez maior, quando, pela lei que com­pro­va­da­mente co­nhe­cemos, as coisas de­ve­riam se atrair.
Hoverboard, o skate que flutua no ar de “De volta para o futuro” // Reprodução
A pri­meira vez que os ci­en­tistas con­se­guiram apri­si­onar anti-hi­dro­gênio foi no ano pas­sado, eles foram bem su­ce­didos em prender 38 an­tiá­tomos por 172 mi­lis­se­gundos, de acordo com o Te­ch­no­logy Re­view. Com uma quan­ti­dade maior, os pes­qui­sa­dores po­derão fi­nal­mente des­co­brir como a an­ti­ma­téria se com­porta. Como isso afe­taria nossas vidas na prá­tica? Num fu­turo dis­tante, quando for pos­sível com­pre­ender a an­ti­gra­vi­dade, po­de­remos deixar as vi­a­gens es­pa­ciais mais efi­ci­entes e até fa­bricar skates vo­a­dores que con­tra­riam a gra­vi­dade como os do filme “De Volta para o Fu­turo”.
Fonte: Ga­lileu

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