sábado, 19 de outubro de 2013

O efeito magnético sobre a mente





Cientistas descobriram que o julgamento moral de uma pessoa pode ser afetado com um campo magnético aplicado em uma determinada área do cérebro.

Em um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences foi empregado um campo magnético não-invasivo, denominadoestimulação magnética transcraniana (ou TMS), aplicado no couro cabeludo para produzir uma corrente em uma área do cérebro denominada junção temporo-parietal (ou TPJ), e pediram aos voluntários da pesquisa que lessem uma série de situações relativas a questões morais. Estudos demonstram que o TPJ, uma área do cérebro situada acima e atrás do ouvido direito, é normalmente ativado quando pensamos no resultado futuro de uma ação específica, sendo uma importante região para a tomada de decisões morais.

Dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, pediu-se aos participantes que preenchessem um questionário no qual tinham de julgar as ações dos personagens baseados em suas intenções após a junção temporo-parietal dos voluntários ter sido exposta à estimulação por 25 minutos. No segundo, pediu-se que fizessem seus julgamentos enquanto submetidos a impulsos muito curtos (0,5 segundos) de interferência magnética.
Para exemplificar uma situação típica lida pelos voluntários, havia o caso de um homem que deixava a namorada atravessar uma ponte que ele considerava insegura. Contudo, ao atravessar a ponte, nada aconteceu com a mulher. Em outra questão, uma mulher, chamada Grace, serve bebida para uma amiga após colocar um pó branco de uma lata com a inscrição "tóxico". Grace não sabia, mas a lata continha realmente açúcar inofensivo. Depois de exposta uma situação, os cientistas pediam aos voluntários que avaliassem, numa escala de um ("absolutamente proibido") a sete ("absolutamente permitido"), o quanto as ações de Grace e dos outros personagens das situações expostas eram moralmente aceitáveis.

Os indivíduos do grupo de controle conseguiam julgar perfeitamente a moralidade e a nocividade dos personagens e suas ações. Enquanto que aqueles expostos ao campo magnético tendiam a considerar moralmente aceitáveis as tentativas frustradas de causar mal a outra pessoa. Ou seja, julgavam mais o resultado e não a intenção.
Você pensa na moralidade como sendo um comportamento de nível muito alto. Ser capaz de aplicar (um campo magnético) em uma região específica do cérebro e mudar o juízo moral das pessoas é realmente surpreendente (Liane Young, autora do artigo)

A pesquisa fornecerá elementos para entendermos como funciona nossa habilidade de inferir a intenção dos outros, habilidade essa conhecida como "teoria da mente". Assim, sabemos que um homicídio doloso (com intenção de matar) é considerado mais grave do que um crime culposo (sem intenção de matar) mostrando na prática o quanto a intenção "pesa" nos julgamentos.

ESPIRITISMO

Na literatura espírita, é comum o uso de passes no cérebro pra conseguir acalmar uma pessoa, facilitar uma conversação entre inimigos, fazer uma pessoa mal-intencionada mudar de idéia... Eu achava que o passe funcionava como uma lucidez extra no cérebro da pessoa, favorecendo um contato com o Divino dentro de si. Não consigo disfarçar um risinho ao perceber que os espíritos de luz estavam explorando uma falha no nosso sistema de julgamento moral. Cheaters!! (hehehehe).

Diante de uma mulher, prestes a cometer o suicídio, Silas - instrutor de André Luiz - administrava-lhe passes magnéticos de prostração e, induzindo-a a ligeiro movimento do braço, fez com que ela mesma, num impulso irrefletido, batesse com força no copo fatídico, que rolou no piso do quarto, derramando o líquido letal. Reconhecendo no próprio gesto impensado a manifestação de uma força estranha a entravar-lhe a possibilidade da morte deliberada naquele instante, passou a orar em silêncio, com evidentes sinais de temor e remorso, atitude mental essa que lhe acentuava a passividade e da qual se valeu o Assistente para conduzi-la ao sono provocado. Silas emitiu forte jato de energia fluídica sobre o córtex encefálico dela e, a moça, sem conseguir explicar a si mesma a razão do torpor que lhe invadia o campo nervoso, deixou-se adormecer pesadamente, qual se houvera sorvido violento narcótico. (Ação e reação; Francisco Cândido Xavier / André Luiz)

No mesmo livro, vemos que o uso do magnetismo não é apenas no cérebro e que produz resultados ao ser aplicado em outras regiões do corpo (algo ainda a ser explorado pela ciência). No caso, o espírito induz o corpo a sentir sede:

Vimo-lo aplicar-lhe passes à glote, com desvelada atenção. Logo após, administrou recursos fluídicos à linfa pura. Compreendemos que Silas ativara a sede na doente, constrangendo-a a servir-se da água simples, então convertida em líquido medicamentoso. Despendendo enorme esforço, Poliana abandonou o leito e buscou o pote humilde.

Como vimos, as aplicações são muitas, e, se nos bons espíritos geralmente estão relacionadas à cura, nos mal-intencionados uma "arma" dessas irá provocar grandes estragos. Uma das primeiras coisas que pensei quando li a matéria sobre a influência no julgamento foi alguém inescrupuloso usar uma máquina pra bombardear o cérebro de jurados, juízes, pessoas que usam o discernimento para influenciar e liderar. Imagine, então, quantos usam desse recurso no mundo espiritual para influenciar encarnados e desencarnados! Portanto, como disse Jesus, "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca".

Não é à toa que a obsessão é basicamente um processo de sintonização magnética, como explica André Luiz, no prefácio do livro "Desobsessão":

...é possível identificar os quadros obscuros de semelhantes desastres, nos quais as forças magnéticas desajustadas pelo pensamento em desgoverno assimilam forças magnéticas do mesmo teor, estabelecendo a alienação mental, que vai do tique à loucura, escalando por fobias e moléstias-fantasmas. Vemo-los instalados em todas as classes, desde aquelas em que se situam as pessoas providas de elevados recursos da inteligência àquelas outras onde respiram companheiros carecentes das primeiras noções do alfabeto, desbordando, muita vez, na tragédia passional que ocupa a atenção da imprensa ou na insânia conduzida ao hospício. (...) Espíritos desencarnados e encarnados de condição enfermiça sintonizam-se uns com os outros, criando prejuízos e perturbações naqueles que lhes sofrem a influência vampirizadora, lembrando vegetais nobres que parasitos arrasam, depois de solapar-lhes todas as resistências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário