domingo, 9 de junho de 2013

demonstração de anti-gravidade


O comportamento dos ímãs parece estranho porque estamos acostumados a ver ímãs grudando (ou não) nas coisas. E se você jogar um ímã dentro de um tubo de metal, ele não deveria simplesmente ficar grudado em seu interior?
Não se o tubo for feito de um metal não magnético, como o cobre usado nas demonstrações acima. Uma geladeira de cobre não seguraria seus ímãs. Aliás, embora nossa experiência cotidiana nos dê a impressão de que quase todos metais seriam magnéticos, na verdade a maioria dos metais não é. O que ocorre é que um dos poucos metais magnéticos é um muito comum e útil. É, claro, o ferro. Quase todas as ligas feitas com materiais magnéticos também são magnéticas, daí porque o aço (liga de ferro e carbono) também geralmente grudará em ímãs, ou vice-versa.
De volta à “anti-gravidade”. O cobre não é um metal magnético, mas é um condutor. E campos magnéticos variáveis em um condutor geram correntes induzidas. Que por sua vez induzem campos magnéticos, que por sua vez serão contrária à variação do campo magnético original. Esta, senhoras e senhores, é a Lei de Lenz.
Em outras palavras, o ímã auto-induz um campo magnético que desacelera sua queda.
Isto ocorre com qualquer condutor, incluindo alumínio, e qualquer mudança no campo magnético, quer ela seja devido ao ímã ou ao condutor em movimento. Assim, se você deixar um bloco de alumínio cair perto do campo magnético extremamente intenso de um aparelho de ressonância magnética, você pode presenciar este fenômeno:


Note que é um bloco de alumínio. Se fosse de ferro ou aço, isto é, um metal ou liga magnéticos, as pessoas no vídeo provavelmente não estariam mais vivas, ou teriam dedos.
Um comentário final. Este autor, cético sobre ufologia, não pode resistir comentar. Nos anos 1950, entre aqueles que diziam conversar com seres extraterrestres loiros vindos de Vênus e outros planetas, era comum explicar a propulsão dos discos voadores com idéias e termos pseudocientíficos como rebimbocas da parafuseta. Mesmo hoje isto é comum.
Mas nos anos 1950, isso não raro significava dizer que os discos voadores voavam produzindo campos magnéticos incrivelmente intensos que repeliam o magnetismo natural terrestre. Mesmo no espaço funcionaria assim – ainda que vários planetas e satélites não tenham campos magnéticos naturais. Ainda assim, mesmo hoje, sugerir isso não é tão incomum.
Agora, ignore por um momento o que um campo magnético ordens de magnitude mais intenso que os de aparelhos de ressonância magnética fariam com pedaços de ferro e aço soltos por aí. Agora que você conhece, imagine o que a Lei de Lenz faria com um desses campos magnéticos movendo-se a milhares de quilômetros por hora. Seria provavelmente algo bem… interessante de assistir.

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